Avó paterna pode tirar a guarda da mãe?
Avó paterna pode tirar a guarda da mãe? Situações delicadas que envolvem emoções e perdas levam o judiciário a considerar a possibilidade de avós, paternos ou maternos, obterem a guarda de netos. Assim, embora a lei priorize, em geral, os cuidados dos pais com o filho, casos excepcionais permitem que avós obtenham a guarda da neto. Dessa maneira, vamos esclarecer as condições sob as quais uma avó pode requerer a guarda, seja ela compartilhada ou unilateral, sempre priorizando o melhor interesse da criança ou adolescente.
Pedido de guarda pela avó materna ou paterna, é possível?
As leis brasileiras possibilitem que uma avó obtenha a guarda de um neto, embora, em regra, priorize os pais de ter a guarda. Nesse sentido, situações excepcionais, nas quais o melhor interesse da criança ou adolescente exige essa medida, levam à concessão da guarda aos avós. As principais circunstâncias que justificam a guarda em favor da avó são;
Falecimento de ambos os genitores:
Quando o pai e a mãe falecem, os avós, tanto maternos quanto paternos, podem requerer a guarda do neto. Ou seja, essa medida visa assegurar a continuidade dos cuidados e o amparo emocional à criança em um momento de vulnerabilidade. Além disso, a lei prioriza a manutenção dos vínculos familiares e busca evitar o encaminhamento da criança para instituições de acolhimento.
A incapacidade dos genitores de exercer o poder familiar é um dos principais motivos para a concessão da guarda avoenga. Essa incapacidade pode ser temporária ou permanente e decorre de diversas situações, que colocam a criança ou adolescente em situação de risco ou vulnerabilidade, são elas:
Prisão:
A privação de liberdade de ambos os pais impede que eles exerçam os cuidados e a assistência necessários aos filhos. Nesses casos, a guarda a avó surge como uma solução para garantir que a criança não fique desamparada.
Dependência química grave:
O uso abusivo de drogas ou álcool afeta a capacidade dos pais de tomar decisões responsáveis e de prover as necessidades básicas dos filhos. A dependência química pode levar à negligência, à violência doméstica e a outras situações de risco.
Doenças mentais graves:
Doenças psiquiátricas graves podem comprometer a capacidade dos pais de exercerem a guarda de forma responsável e segura. Nesses casos, é importante apresentar laudos médicos que atestem a condição e a incapacidade dos pais.
Situação de rua e extrema vulnerabilidade social:
A situação de rua, a extrema pobreza e outras condições de vulnerabilidade social impedem que os pais ofereçam um ambiente adequado para o desenvolvimento dos filhos. Nesses casos, a guarda avoenga pode ser uma medida protetiva para garantir a sobrevivência e o desenvolvimento saudável da criança.
Avó paterna pode pedir guarda compartilhada?
A guarda compartilhada com avós é uma medida excepcional, aplicada quando o juiz entende que essa modalidade atende ao melhor interesse da criança.
Avó paterna pode tirar a guarda da mãe?
Em geral, não, a avó paterna não pode simplesmente “tirar” a guarda da mãe. Nesse sentido, a guarda é uma decisão judicial que visa o melhor interesse da criança, e a prioridade é sempre dada aos pais. Porém, se existir a ausência da mãe ou do pai, a avó pode sim assumir a guarda do neto.